Logtechs surgem como mais um nicho de startups no mercado

A onda das fintechs — startups voltadas para o setor financeiro — tomou conta de todo o Brasil, principalmente com o sucesso do Nubank. Outro termos sugiram como as Femtechs (para mulheres), Cleantechs (sustentabilidade) e Legaltechs (serviços legais). Mas outro nicho que tem feito bastante sucesso é o das Logtechs, startups voltadas para resolver problemas de logística nas empresas, sejam elas grandes ou pequenas. E não é uma “onda” passageira. Logística é o calcanhar de aquiles de muitos empreendimentos, fazendo toda a diferença no faturamento.

A Rede Frete Fácil, por exemplo, foi criada para sanar um problema que, até então, parecia não ter solução: o alto custo dos fretes. Criada em 2014, trata-se de uma rede de logística colaborativa que combina a demanda de embarcadores com caminhões disponíveis em ciclos de alta produtividade. Para isso, a startup oferece ferramentas que viabilizam a primarização do serviço de transporte e facilitam a gestão de caminhoneiros autônomos, ou seja, diferente de outros aplicativos que só aumentam o número de intermediários no processo, a plataforma contribui com uma redução de até 30% no custo de transporte de embarcadores com volume recorrente de cargas.

É uma grande vantagem para aqueles que precisam reduzir o custo do transporte, e que querem também uma solução para a gestão de caminhoneiros autônomos. Além disso, ajuda a outra ponta — os caminhoneiros —, já que é comum que eles andem grandes trechos sem qualquer carga e, com a ajuda da empresa, passam a ter oportunidades para carregar sempre, inclusive no retorno. Vale destacar que a startup recebeu no começo do ano um aporte series A do inovaBra Venture, fundo ligado ao inovaBra Startups, programa de inovação aberta do banco Bradesco que busca novos modelos de negócio aplicáveis ou adaptáveis aos produtos e serviços financeiros.

Outro exemplo é a eStoks, criada para resolver um problema antigo: o da logística reversa. A empresa desenvolveu soluções integradas em logística reversa e gestão de devolvidos e excedentes. Com isso, a ideia é reduzir custos e ganhar agilidade integrando serviços como coleta, armazenagem, triagem, assistência técnica e reprocessamento, tudo em um só lugar. Segundo a empresa, as soluções criadas por ela são capazes de reduzir o custo operacional em até 45%.