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A demanda do mercado financeiro do Brasil é pela crescente integração com a tecnologia no oferecimento e fornecimento de serviços e funcionalidades financeiros, como a venda de seguros, pagamentos, abertura de contas, investimento e análise de empréstimos. Nesse cenário, o espaço até há pouco característico do setor bancário vem sido progressivamente desafiado pelas fintechs.

Essas empresas vêm se posicionando naturalmente em relação aos consumidores e garantindo imposição no mercado, aproveitando-se da dificuldade dos grandes bancos em oferecer atendimento qualificado e personalizado a todos seus usuários, fidelizando clientes a partir da crescente intimidade com a tecnologia de grande parcela do público consumidor, e garantindo informações mais claras e menos burocracia no atendimento.

As inovações também encontram algum amparo nos esforços regulatórios. Cita-se a Resolução nº 4.649, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, que determinou a vedação aos bancos de limitar ou impedir o acesso a débitos autorizados pelos clientes em outras instituições. Com a proibição, os bancos se vêm obrigados a aceitar integrações com outras prestadores de serviços financeiros, com efeitos consideráveis para as fintechs e para os usuários do mercado.

O contexto vem levando as instituições bancárias a um crescente empenho em sua modernização. Entretanto, alterar os hábitos dos grandes agentes pode ser um processo lento e economicamente oneroso.

Instituições que ainda não se adequaram à nova realidade do mercado devem se conscientizar dos riscos de um formato de negócio que pode se tornar obsoleto em pouco tempo. A modernização da estrutura dos bancos físicos é, bem mais que uma questão de sobrevivência, uma oportunidade de crescimento e evolução.

No entanto, apesar da ampla expansão dessas empresas, o segmento ainda observa certo grau de desconfiança por parte de certos setores do mercado consumidor. Há receio quanto ao envio de dados pessoais e documentos online, quanto à aplicabilidade de taxas mais baixas do que os bancos, e ainda, em relação à menor experiência em lidar com o capital e, sobretudo, os órgãos reguladores. A insegurança relacionada à transição de cenário conhecido para um desconhecido abre margem para a atuação inteligente de instituições financeiras preparadas.

Não obstante a abertura o mercado para novas possibilidades no setor bancário, enaltecendo as facilidades de uso, celeridade nos serviços e experiências positivas dos clientes e se tornando mais exigentes, a confiança conferida a instituições tradicionais não pode ser desconsiderada. Assim, vários agentes do mercado têm encontrado incentivos para a integração entre bancos e fintechs – somando estrutura e reputações sólidas com inovação de ponta.

A associação de bancos e fintechs, que já pode ser observada em vários pontos do mercado, têm potencial para promover custos operacionais reduzidos, alta confiabilidade, e atender às principais demandas dos perfis do usuário dos serviços financeiros.

Se inicialmente as fintechs potencializavam um discurso de confronto aos bancos tradicionais, atualmente, há movimento crescente de integração entre estes dois tipos de agentes, para melhor fomentar o setor financeiro. Essas podem se utilizar da experiência dos bancos, sobretudo no tocante à regulamentação e a carteira de clientes devidamente constituída, enquanto os bancos podem encontrar na estrutura das fintechs modelos modernos e disruptivos de prestação dos serviços, expandindo a oferta de soluções e serviços com mais celeridade no mercado e, consequentemente, reforçando sua competitividade.

Trata-se de um contexto desafiador para as empresas, mas, sem dúvidas, as vantagens para os usuários são visíveis, tanto no âmbito econômico quanto em relação à oferta e qualidade de serviço. O sistema, como um todo – bancos e consumidores, estabelecimentos – tende a aperfeiçoar a infraestrutura.

Artigo escrito pelo time de inteligência de mercado do Fialdini Advogados. Veja outros artigos sobre regulamentação do mercado fintech aqui.

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