Por Eduardo Abreu,

Você já deve ter ouvido falar do trabalho de aceleração que a Visa tem realizado com várias startups brasileiras por meio dos programas Track e ahead. Em um ano, 24 organizações, muitas delas fintechs, receberam mentorias e foram apadrinhadas pelos funcionários e pelos clientes da Visa, além de vivenciarem uma experiência internacional no Vale do Silício.

Mas não é só por meio dos programas de aceleração que a Visa tem se relacionado com as fintechs. Hoje, temos um time de Novos Negócios dedicado integralmente em atender as fintechs, assim como fazemos com todos os outros bancos. Segundo estudo Empreendimentos Fintech na América Latina do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Finnovista, existem 703 fintechs em 15 países da região. No Brasil, são 230 empresas – mais de 30% do total. A maior parte delas está no setor de Pagamentos, mas podemos encontrar soluções em Gestão Financeira, Crédito, Identidade, etc.

Em um ano, já trabalhamos com mais de 15 startups do mercado financeiro. Os números crescem exponencialmente, assim como o nosso aprendizado. A troca de experiência e informações entre esses empreendedores e a Visa tem mostrado caminhos inovadores focados em solucionar problemas de milhares de brasileiros. Reuni algumas das principais lições e conquistas que tivemos esse ano ao lado das fintechs:

  1. Nossa paixão por inovações que promovam comodidade e que atendam às necessidades dos consumidores foi chave para o sucesso desse relacionamento. As fintechs já nascem com a estratégia de inovação em seu DNA e compartilhamos o interesse legítimo em promover tecnologias e novidades que realmente façam a diferença. Inovar por inovar não faz mais sentido. É preciso ser pioneiro de forma consistente. Um exemplo disso, foi o lançamento da pulseira de pagamento em parceria com a Trigg, uma das primeiras no país na função crédito. Temos trabalhado junto para educar e explicar como a tecnologia contactless é funcional e como pode resolver um grande problema do consumidor: a falta de tempo. E, apesar de recente, a procura por esse wearable tem surpreendido a todos.
  2. A indústria de meios de pagamento está unida. Hoje, fica cada vez mais claro que existem muitas oportunidades de parcerias entre instituições financeiras, credenciadores, fintechs e estabelecimentos comerciais. Essa tem sido uma das principais missões da Visa. Por meio dos programas de aceleração da empresa, Track e ahead, conectamos dezenas de startups com nossos clientes e lançamos, em 2017, as primeiras parcerias estratégicas nesse sentido. Um exemplo foi o chatbot no Facebook Messeger do ShopFacil.com do Bradesco que desenvolvemos junto com a startup Smarters. Em 2018, muitos lançamentos surgirão, cocriando em conjunto o futuro dos meios de pagamentos no Brasil.
  3. Segurança é sim uma grande preocupação das fintechs. E mais: eles entenderam a necessidade de aliar a questão da segurança com a usabilidade e a conectividade. Em um mundo tão dinâmico e digital como o que vivemos hoje, é preciso tratar segurança como um facilitador e não como uma barreira. Uma prova disso podemos encontrar em outro grande lançamento liderado pelo Banco Neon, que foi a selfie para autenticar as compras. Juntamente com a Visa, a fintech conseguiu fazer com que o processo de confirmação de identidade acontecesse via reconhecimento facial, tecnologia usada amplamente em vários países do mundo. Lançada em maio desse ano, a autenticação por selfie já é o método mais utilizado pelos clientes do banco. Em comparação às demais opções, os portadores a preferem: 58,44% escolhem o reconhecimento facial, 9,44%, a biometria digital, e 32,12%, ficam com a senha tradicional.
  4. Outra grande mudança foi interna e diz respeito ao medo de errar, que está impregnado em muitas companhias. Com as startups, percebemos que o erro faz parte do processo de criação. Ao disseminar o temor do erro, acabamos inibindo a inovação e não queremos isso. O que vemos hoje em algumas empresas é uma insistência em manter o erro por já ter investido muito no projeto e por receio de perder mais dinheiro. Isso só vai adiar um fracasso. É por isso que, aqui na Visa, temos trabalhado cada vez mais com o conceito de Minimum Viable Product (MVP). O modus operandi tem sido pensar num conceito, gerar o protótipo e experimentar. Caso não funcione, jogamos o projeto fora. Simples. Não se apaixone por um projeto a ponto de não aceitar que ele não funcionou. Essa insistência é perda de tempo e frustrante para todos os envolvidos.
  5. Engana-se também quem acha que fintech é coisa de millennial ou é voltada apenas para os jovens. Percebemos que essas empresas têm sim um foco direcionado aos mais novos, mas isso não é uma premissa universal. Temos trabalhamos com fintechs que atuam com os mais diversos públicos. Uma delas, a conta.MOBI, por exemplo, acabou de lançar um novidade, junto com os Correios e a Visa, voltada aos microempresários, independentemente de sua idade. O novo projeto tem alcance nacional e permite que os clientes conta.MOBI efetuem saque e aportem crédito via agências dos Correios, por meio de um cartão pré-pago Visa. Ou seja, apresentamos uma solução digital para o problema desses empreendedores associado ao uso do dinheiro em papel.

Esses foram apenas alguns exemplos de como a Visa tem atuado junto às fintechs brasileiras. Tenho certeza que muita coisa boa está por vir e que ainda falaremos muito da evolução que esses empreendedores estão promovendo na indústria de pagamentos do País. Do nosso lado, vamos continuar desenvolvendo formas de melhor atender a essas startups, facilitando primordialmente a vida dos milhares de consumidores que optaram por uma forma diferente de se relacionar com seu dinheiro.

Autor:
Eduardo Abreu, diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da Visa do Brasil

 

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