Empresas de crédito como a Afterpay exigem que clientes enviem nudes como garantia.

Se aqui no Brasil o cheque pré-datado e o parcelamento no cartão fazem sucesso, fora do Brasil os sistemas de microcrédito estão transformando o jeito de se fazer compras. Quem está sem dinheiro para o mais novo iPhone pode fazer um plano de crédito mensal e dividir este valor em parcelas. Para quem sempre quis um jacuzzi, mas também está sem grana para pagar por isso, a opção é inscrever-se no Afterpay e com parcelas de US$ 10, pagar pela banheira paga em uns 60 anos.

Esse é o futuro e os millennials chineses estão mergulhando de cabeça. De acordo com as últimas pesquisas da empresa de tecnologia financeira Ant Financial, 45 milhões dos 170 milhões de pessoas nascidas depois de 1990 na China têm uma conta de microcrédito Ant Check Later. Eles não estão apenas utilizando o recurso para comprar itens caros, como TVs e Teslas, mas as fintechs também estão permitindo que as pessoas paguem por pequenas compras diárias, como hambúrgueres, a longo prazo, com parcelas mensais.

Com um custo de vida alto e acesso difícil a cartões de crédito, essa nova forma de consumir tem aberto um mundo de possibilidades para os millenials chineses. Porém, há sempre um lado negro no sistema: você pode comprar caixas de Oreos e pagar em parcelas mensais de 41 centavos por anos ou comprar um jet-ski, por exemplo, só que para isso, você vai precisar enviar alguns nudes, de acordo com matéria publicada no portal Vice da Austrália.

Isso mesmo! Alguns credores desonestos perceberam que os jovens compradores estão desesperados por empréstimos e estão exigindo que os clientes entreguem selfies nudes como garantia. Se o pagamento das parcelas não for feitos no prazo, os financiadores ameaçam vazar esses nudes para a família e os amigos do indivíduo. Muitos também cobram juros sobre o empréstimo original, enterrando suas vítimas ainda mais em dívidas e forçando-as a enviar mais fotos e vídeos. Esses tipos de transações são conhecidos na China como “serviços de empréstimos nus”.

Em 2016, um total de dez gigabits de nus de 161 mulheres jovens – todas detentoras de seus documentos com foto – vazaram on-line por microcréditos. A maioria das vítimas tinha entre 19 e 23 anos, e normalmente tomou emprestadas quantias de dinheiro entre US $ 1 mil e US $ 2 mil, segundo a mídia estatal China Youth Daily. Outros jovens teriam a opção de fazer trabalho sexual para pagar seu empréstimo.

O problema dos empréstimos sem regulamentação na China é tão grave que, no ano passado, os reguladores financeiros do país prometeram reprimir os microcréditos não licenciados, segundo a Reuters. Uma força-tarefa de ministérios da China afirmou que “em meio ao rápido desenvolvimento de empréstimos em dinheiro – enquanto eles desempenharam um papel em atender às necessidades normais de crédito de alguns grupos – problemas empréstimos em excesso, taxas de juros anormalmente altas e violações de privacidade se tornaram proeminentes ”.

Desde então, novas regras foram introduzidas proibindo as organizações não licenciadas e indivíduos de conduzirem uma empresa de empréstimos. No entanto, relatos da mídia local sugerem que o problema ainda é abundante nas mídias sociais.

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