Por Isabela Bolzani

A expectativa para o segmento é positiva e deve alcançar 2,5 mil novos registros até 2020; a profissionalização, porém, ainda é desafio para o setor

Perto de completar três meses de regulamentação, o número de Empresas Simples de crédito (ESCs) cadastradas subiu 234,1% na primeira quinzena de julho ante o mês passado, saindo de 41 para 137. A profissionalização dos empresários, no entanto, pode ser um desafio para o segmento.

Os dados são da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) e foram apurados pelo Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil e Factoring de São Paulo (Sinfac-SP).

Segundo as informações, são quatro os estados que detêm a maioria das empresas registradas: São Paulo (34,3%, com 47 companhias); Minas Gerais (10,9%, com 15 empresas) e os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, ambos com 11 ESCs cada (8% do total).

“Já são 12 empresas no sindicato e é uma categoria com potencial de crescimento”, avalia o presidente do Sinfac-SP, Hamilton de Brito Junior. “Não só pela melhora da economia, mas também porque muitas das factorings do mercado acabarão migrando ou abrindo uma ESC para complementar o seu negócio”, acrescenta.

A estimativa do mercado é que do total de 9,2 mil empresas de factoring registradas no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), apenas metade (cerca de 4, 5 mil) estejam em operação. Na opinião dos especialistas ouvidos pela reportagem, ao menos um terço dessas companhias que seguem ativas (perto de 1,5 mil) ou se tornariam ESCs pela vantagem tributária ou criariam uma para ampliar seu portfólio.

“A evolução virá em conjunto com o maior conhecimento do setor. Tudo é um passo a passo e este ano ainda será de aprendizado”, diz o presidente do Instituto Brasileiro de Empresas Simples de Crédito (Ibesc), Roberto Pereira. “Já temos muitos interessados e novas ferramentas específicas sendo preparadas. Algumas barreiras de entrada existem, mas não são intransponíveis.

Ao passo em que a evolução do mercado ainda é lenta e em um ambiente de legislação incipiente, os especialistas entrevistados pelo DCI também ponderam uma preocupação em relação à profissionalização dos novos entrantes. 

“Há um grande risco de o pessoal entrar com afoitamento no mercado e gerar certa inadimplência pela falta de experiência”, comentou Brito Junior, reiterando que parte desse cenário também conta com a gestão financeira dos novos custos que viriam com a operação, como de análise de crédito, por exemplo.

“Isso, porém, deve se refletir apenas naqueles que estão entrando no mercado, já que os empresários que possuem factorings estão mais familiarizados. É claro que ainda precisamos esperar a evolução e tudo o que é desconhecido é mais difícil, mas o mercado já conta com muitos órgãos para orientação e as expectativas são positivas”, reitera Pereira.

Brito Junior afirma, porém, que é preciso esperar para ver como o mercado evoluirá. “Alguns prejuízos podem existir em detrimento dessa evolução, mas a inadimplência deve ficar controlada, uma vez que o crédito para os pequenos empresários vai ficar bem mais barato, as operações serão feitas com garantia e os prazos também tendem a ser maiores”, complementa o executivo.

Fonte: DCI / Autor: Isabela Bolzani

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