Por Mariana Fonseca

O conglomerado japonês de telecomunicações SoftBank nem bem terminou sua primeira aposta em negócios inovadores que nos preparem para os próximos 300 anos — o fundo de investimento em startups Vision Fund I, de 100 bilhões de dólares — e já está mais do que dobrando suas fichas.

O “banco dos softwares” anunciou hoje a criação do Vision Fund II, agora o maior fundo de investimentos em startups do mundo. Com 108 bilhões de dólares comprometidos até o momento, o fundador Masayoshi Son terá mais recursos para “acelerar a revolução da inteligência artificial por meio de investimentos em empresas líderes de mercado que crescem por meio da tecnologia.”

Para Son, computadores serão mais inteligentes do que nós; haverá um clube de empresas líderes em controlar tais máquinas; e seremos mais felizes diante de tamanha transformação. “Nos próximos anos, não veremos algumas companhias valendo 1 trilhão de dólares. Veremos, sim, várias empresas de 10 trilhões de dólares”, afirmou anteriormente Son a EXAME em sua primeira entrevista a um veículo de imprensa brasileiro.

Começando a investir em maio de 2017, o Vision Fund I colocou recursos em gigantes como Uber e WeWork. Por aqui, patrocinou investimentos na startup colombiana de delivery Rappi, no aplicativo brasileiro de mobilidade urbana 99, na startup de logística Loggi, no marketplace de academias Gympass e na fintech de crédito com garantias Creditas.

Vale lembrar que o Vision Fund I ainda nem terminou — cerca de 80% dos recursos foram investidos, de acordo com a agência de notícias Reuters. O portfólio atual do fundo mostra 68 startups investidas no total.

Investidores conhecidos, estreantes e ausentes

O Vision Fund II tem aportadores já conhecidos do primeiro fundo de investimentos em startups do SoftBank. O próprio conglomerado de telecomunicações investirá 38 milhões de dólares no Vision Fund II, 10 milhões de dólares acima do que investiu no Vision Fund I. Mais participantes que já estavam no primeiro fundo são as gigantes de tecnologia Apple e Foxconn.

Já outros investidores estão em sua primeira viagem com Masayoshi Son. É o caso do fundo soberano do Cazaquistão e da gigante de tecnologia Microsoft. De acordo com o Wall Street Journal, o compromisso da empresa fundada por Bill Gates se deu após o SoftBank ter prometido encorajar 75 companhias a trocarem sua plataforma de computação em nuvem para a Azure, feita pela Microsoft.

Uma série de empresas japonesas tradicionais estão entrando para o Vision Fund II, como o Banco Sumitomo Mitsui, o Banco de Tokyo-Mitsubishi e a companhia de seguros Dai-ichi Life. O movimento mostra que a confiança aumentou na segunda edição do fundo de investimentos de Masayoshi Son — apesar de boa parte de sua taxa de retorno de 44% ainda não ter sido realizada. O valor aportado por cada uma das empresas não foi divulgado.

Uma ausência notável do Vision Fund II é o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita. O país foi o maior investidor do Vision Fund I, compondo 45 bilhões de dólares do primeiro fundo em startups do SoftBank. É possível que a I, pois o conglomerado japonês afirma ainda estar discutindo com possível participantes do fundo e esperar que seu valor total ultrapasse os 108 bilhões de dólares.

Se o Vision Fund I pode ser tomado como histórico, os investimentos de Masayoshi Son serão ambiciosos — e se sentirão até mesmo em terras brasileiras.

Fonte: Exame / Autor: Mariana Fonseca

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