Em menos de dois anos, a empresa saltou de 40 mil clientes ativos para 2 milhões de clientes ativos e a receita saltou nove vezes

Por Maria Luíza Filgueiras

A fintech Neon Pagamentos finalizou, na última sexta-feira, uma rodada de captação de R$ 400 milhões. Lideraram a rodada a gestora de private equity General Atlantic e o Banco Votorantim, que terão assentos no conselho de administração. A captação é toda primária, ou seja, com recursos para o caixa da empresa.

A transação já era esperada pelo mercado, uma vez que a negociação foi feita ao longo dos últimos seis meses. “A empresa é de capital intensivo, então assim que fechamos a rodada do ano passado já começamos a conversar sobre uma nova”, diz Norberto Giangrande, sócio da Neon.

General Atlantic e Votorantim já tinham sinalizado em abril a intenção de aporte, mas a companhia abriu a rodada também para os fundos que fizeram o aporte no ano passado, na chamada série A. “Agora na série B todos aderiram, de forma a manter a participação que tinham”, diz Giangrande.

Esses fundos são Monashees, Omidyar Network, Propel, Quona e Mabi. Cerca de 70% do capital da Neon já está nas mãos de fundos.

Baseando-se em dados da consultoria de startups Distrito, a Neon afirma que se trata da maior rodada série B do país. Até agora, a maior era da Buser, que recebeu R$ 300 milhões no início de novembro. A série B é a rodada que uma startup levanta para dar escala ao negócio, quando seu modelo já está consolidado.

Em menos de dois anos, a Neon saltou de 40 mil clientes ativos para 2 milhões de clientes ativos e a receita saltou nove vezes. “Estamos abrindo 25 mil contas por dia, em média, começamos a fazer investimentos também em marketing ‘offline’ e, para sustentar o ritmo de crescimento, precisamos investir continuamente em tecnologia e equipe”, diz o sócio.

Os dois segmentos principais de crescimento da Neon são serviços e produtos para pessoas físicas e para pequenas empresas e empreendedores.

“O Brasil ainda tem um público desbancarizado e, entre quem já tem conta em banco, há grande concentração entre quatro ou cinco instituições, que custam caro para o cliente”, diz o executivo.

Este ano, a fintech comprou a MEI Fácil, empresa que tem como objetivo desburocratizar o processo de abertura de uma empresa por um microempreendedor individual. “O Brasil tem 8 milhões de MEIs e um milhão delas passaram pela MEI Fácil. Nossa estimativa é que há mais de 30 milhões de empreendedores que podem ser MEI”, complementa.

A série A foi feita em maio de 2018, no montante de R$ 72 milhões.

Por Por Maria Luíza Filgueiras para o Valor

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